Indetec recebe reconhecimento do Programa Centelha como parceira de destaque

Publicada em 05/04/2023

A Indetec, a Incubadora de Desenvolvimento Tecnológico e Setores Tradicionais do Campo das Vertentes, recebeu prêmio de reconhecimento como parceira de destaque do Programa Centelha, que visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora em Minas Gerais. A premiação ocorreu na sede da Fapemig, em Belo Horizonte, durante o Seminário de Inovação do Programa. A informação é do coordenador do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação Tecnológica da UFSJ (Netec), professor Paulo Granjeiro.

Segundo ele, esse destaque se deve à atuação marcante da Incubadora da UFSJ, que realizou live de divulgação da iniciativa, participou como agente de capacitação dos empreendimentos selecionados e auxiliou na realização do evento final, no qual houve a premiação.

O Programa Centelha oferece capacitação, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. A iniciativa é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e Fundação CERTI. Em Minas Gerais, o Centelha é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Na primeira fase, denominada Centelha 1, uma das empresas incubadas, residentes na Indetec, foi a BrotôBambu, da qual participa o professor Anderson Oliveira Latini, do Departamento de Ciências Exatas e Biológicas, Campus Sete Lagoas (DECEB/CSL), que teve subvenção econômica e bolsas da Fapemig para o desenvolvimento da tecnologia.

BrotôBambu
A startup BrotôBambu nasceu em 2019, no Laboratório de Ecologia Aplicada do Campus Sete Lagoas, a partir de uma provocação de estudantes e ex-estudantes. De acordo com o professor Anderson Latini, eles propuseram um processo inovador para a obtenção de bambus com qualidade adequada tanto para ornamentação como também para construção. “O Centelha I, em Minas Gerais, já vinha sendo anunciado nas redes sociais e internet. Então, minha proposta para o grupo foi algo do tipo: a ideia é boa, mas vamos colocá-la à prova? Sugeri que problema, solução e modelo de negócio fossem submetidos ao Centelha. Na época tinha em mente que, se fosse uma boa proposição, ficaríamos bem colocados no Programa e deveríamos seguir em frente. Ao final da seleção, a BrotôBambu ficou na 14ª posição, entre 523 concorrentes de Minas Gerais,” relembra o coordenador.

Durante o Centelha, foram quatro etapas de seleção “bastante trabalhosas”. Ao final, como selecionada, a iniciativa da UFSJ foi contemplada com capital de subvenção econômica, essencial para a aquisição de equipamentos permanentes e de material de consumo, baseado no que foi proposto no projeto selecionado. “A partir daí, o principal veio. Com o desenvolvimento do projeto, veio o treinamento pelos profissionais do Centelha. Tivemos mais um ano de contato intenso com eles, obtivemos bolsas do CNPq para alguns dos sócios e vivenciamos o momento de implantação das instalações da BrotôBambu dentro do Campus Sete Lagoas da UFSJ”, explica Latini.

“Hoje tenho bastante clareza de que somos muito bem treinados na Universidade para produzir Ciência. Mas tenho a clareza de que todo o rigor pelo que passamos para produzi-la nos qualifica para que possamos virar uma chave e sermos hábeis em fazer inovação e empreender. Nós sabemos identificar problemas, prospectar Ciência, experimentar, testar a solução, nos relacionar internacionalmente e divulgar resultados. Essas etapas são todas a base para o inovar. Sou muito grato ao Centelha e acredito que muitos colegas podem (e deveriam!) tentar esta experiência. Definitivamente, são horizontes ampliados”, analisa.

Cenário
O Programa Centelha 2 está na etapa três de seleção de novos empreendimentos, da qual participam as startups Innsumo e Tratabio, do Campus Centro-Oeste Dona Lindu. Para o professor Paulo Granjeiro, cada vez mais tecnologias de pesquisadores da UFSJ vêm conseguindo ser selecionadas em programas de incentivo à abertura de empresas e desenvolvimento de negócios, aprimorando, dessa maneira, os indicadores de inovação da Universidade. “O cenário é favorável e evidencia que há caminhos para que produtos e processos desenvolvidos por nossos pesquisadores possam chegar ao mercado e melhorar a qualidade de vida das pessoas, aumentando a competitividade das empresas”, observa Granjeiro.