Economia criativa na UFSJ: professor da Federal de Viçosa palestra em evento do PGDPLAT

Publicada em 08/03/2023

Com grande destaque na Agenda 2030 da ONU, a economia criativa é vista como uma forma de diversificação de renda e também de geração de empregos, a partir da criatividade. Tem como objetivo dar relevância à produção de atividades e segmentos muitas vezes invisíveis à sociedade. Essa é uma agenda que estabelece metas e objetivos de desenvolvimento sustentável.

A UFSJ é uma das 17 universidades que integram a rede global da Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas. Sediada na Universidade Federal de Viçosa (UFV), busca ser um centro de excelência em rede, através da promoção de um sistema integrado de pesquisa, treinamento, informação e documentação sobre Economia Criativa, reunindo e difundindo conhecimentos, bem como seus efeitos e impactos no desenvolvimento local e regional. A cátedra faz a conexão com os municípios locais e regionais nas cinco regiões do Brasil e de outros países.

O professor do Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis (Decac), Gustavo Melo, é o pesquisador representante da UFSJ na Cátedra, com a função de ser o ponto focal, do projeto. “Faço o repasse das demandas para o coordenador do projeto, o professor Magnus Luiz Emmendoerfer, do Departamento de Administração da UFV. Juntos, discutimos formas de participação e colaboração de pesquisadores da UFSJ com a Cátedra”, comenta.

Na próxima semana, dias 13 e 14, a UFSJ receberá a visita técnica do professor Magnus e do professor Henrique Cesar Muzzio Barroso (UFPE), que vêm conhecer as instalações da UFSJ em São João del-Rei e avaliar o potencial da economia criativa na região. Na segunda, 13, às 14h, o professor Magnus participa de seminário no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Planejamento e Território (PGDPLAT), palestrando sobre Economia Criativa e Políticas Públicas: avanços e desafios para o desenvolvimento territorial.

Economia Criativa na UFSJ
Gustavo Melo orienta projeto do mestrando Lucas Alves Silva no PGDPLAT, que investiga Cidades criativas e desenvolvimento territorial: Belo Horizonte, capital criativa da gastronomia. A pesquisa trata da necessidade das cidades da era pós-industrial de se reinventarem a partir de uma relação estratégica com a indústria e a economia criativas. A expressão “cidade criativa” nasce da valorização da arte, da cultura e da inovação, por meio da qual é possível a geração de desenvolvimento econômico e territorial. As Nações Unidas incorporam essas iniciativas, ressaltando a importância do meio urbano ordenado pela criatividade. O resultado dessa ação se corporificou, em 2004, na criação da Rede de Cidades Criativas da Unesco, que estabeleceu o compromisso de investir na criatividade e na cultura como fatores estratégicos para o desenvolvimento urbano.

O trabalho de Lucas objetiva compreender, na dinâmica das cidades criativas que utilizam a cultura e ativos sociais como estratégia de gestão urbana, a relação entre a construção de uma identidade territorial e sua confluência com a Rede de Cidades Criativas da Unesco.

Economia Criativa
Desde o ano 2000, o Brasil reconhece a economia criativa como um setor de atividades com alto potencial para geração de renda e trabalho, sobretudo para populações mais jovens e vulneráveis. A UFV trabalha com o tema Gestão e desenvolvimento de territórios criativos desde 2012, quando foi criado o grupo de pesquisa Territórios Criativos. O grupo foi o primeiro registrado no CNPq com esse enfoque e busca contribuir com a Agenda Global 2030 das Nações Unidas, principalmente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente o 8º, que trata de trabalho digno e crescimento econômico, e o 11º, que faz referência às cidades e comunidades sustentáveis.