Vice-reitora objetiva integração entre campi da UFSJ, tecnologia e inovação

Publicada em 26/05/2021

Alavancar as áreas de tecnologia e inovação está entre os propósitos e perspectivas do trabalho desenvolvido pela vice-reitora da UFSJ, profa. Rosy Maciel Ribeiro. Docente da área de saúde e vinda do Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Rosy tem em vista, também, a integração plena da UFSJ em seus seis campi, inclusive os fora-de-sede. Ciente da diversidade entre eles, acentua que é preciso tratar cada um com suas características sem deixar de incluir a todos. Confira a entrevista da vice-reitora:

Quais os desafios de assumir uma vice-reitoria numa época como a que estamos atravessando, de pandemia e cortes sucessivos no orçamento?

Lamento que os desafios sejam tão grandes, uma vez que nosso objetivo é ajudar a comunidade acadêmica. Diante da pandemia, que dentre outras circunstâncias, gera crise financeira e humanitária, já esperávamos dificuldades.

Também não gosto de pensar que para mim seja um desafio diferente daqueles que os meus colegas também tiveram que encarar. Aliás, o mundo está tendo que encarar. Ninguém estava preparado para a pandemia. É preciso encontrar um caminho em meio a crises e mudanças. Mas acredito em finais felizes, mantenho a esperança como bandeira.

A sra. entrou para a lista tríplice como representante dos campi fora de sede, mais especificamente, no CCO, em Divinópolis. Agora, atuando na sede, quais são os desafios para a integração de todos os campi? O que a atual gestão tem feito para que isso (a integração) aconteça de forma efetiva?

Embora exista este pensamento de que entrei como representante dos campi fora de sede, prefiro acreditar que entrei para a lista por estar alinhada com os objetivos do grupo, especialmente com os do Prof. Marcelo. Considero a UFSJ como única, com 6 campi diferentes entre si. Cada um com a sua identidade, vocação, facilidades e desafios e isso faz com que o olhar para eles seja diferente na medida das suas diferenças.

A integração, a meu ver, se dá quando conseguimos ver cada membro se reconhecendo como UFSJ. A gestão tenta olhar, encontrar, ouvir cada um que nos procura, além de buscarmos também a comunidade na medida que conseguimos. Tenho ouvido de muitos que a distância entre comunidade e gestão está menor, que se sentem ouvidos e valorizados. Acho que estamos fazendo o que propusemos. Além disso, temos tido o cuidado de contemplar todos os campi em todas as iniciativas. Sabemos que cada campus vai responder de forma diferente, de acordo com o perfil, disponibilidade, interesse da sua comunidade. E está tudo certo. O importante é que todos sejam incluídos.

Como tem sido o trabalho da vice-reitoria?

Entendo que este cargo se baseia no apoio que é necessário para o trabalho do reitor e todas as pró-reitorias e assessorias. O que existe, e que pode ser atribuído a mim, é o conhecimento ou afinidade que tenho sobre determinadas áreas, como inovação/empreendedorismo e a área da saúde. Paralelamente a isso, tenho acompanhado e representado a UFSJ no grupo das Universidades com curso de Medicina sem hospitais.

Em 2020, fomos contemplados com recursos para funcionamento dos internatos. Revisamos os editais de credenciamento dos hospitais para melhorar o funcionamento do internato dos cursos de Medicina tanto de São João del Rei, quanto de Divinópolis. Editais de preceptoria também foram revisados e agora temos mais condições de distribuir os alunos de acordo com os projetos pedagógicos. O desafio é o trabalho intenso que deve ser feito e a pandemia é algo a mais. A dificuldade é a falta de recursos. Entendendo perspectiva como uma antecipação de metas futuras, então, eu diria que são boas, acredito que nosso trabalho e dedicação são características que nos levarão a enfrentar e, quiçá, superar todas as adversidades.

A sra., sendo da área da saúde, liderou o Comitê de Prevenção à Covid-19 no âmbito da UFSJ. Poderia discorrer sobre o que foi e ainda está sendo feito nesse sentido?

Nós temos o comitê e os subcomitês de Enfrentamento à COVID-19 em cada um dos seis campi da UFSJ. Todos trabalharam com afinco para produzir protocolos, cartilhas, treinamentos aos terceirizados quanto à forma correta de limpeza; o acesso aos campi ficou mais controlado e os espaços adequados para esta nova realidade.

Também, após levantamento das necessidades, foram realizadas compras que nos ajudarão a lidar com a pandemia em nossos espaços, como material de limpeza, máscaras, material de proteção individual. Além disso, várias iniciativas de combate e esclarecimento foram contempladas e realizadas.

Atualmente, o protocolo de biossegurança da UFSJ foi revisado e está sendo enviado à comissão que estuda o retorno gradual das atividades presenciais. Além disso, estamos atentos a todos servidores e terceirizados que trabalham presencialmente em nossos campi e podemos assegurar que houve pouquíssimos casos e nenhum ligado diretamente à UFSJ.

Uma das metas da vice-reitoria é alavancar a inovação e a tecnologia na UFSJ. O que já está sendo feito nesse sentido e o que podemos esperar?

Os desafios para implementar uma política de inovação é a regulamentação de toda a Lei de inovação Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, alterada pela lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Parte dela foi regulamentada, mas pretendemos implementá-la totalmente. Para isso foi criada uma comissão para estudo de todas as resoluções vigentes, sua adequação/revisão e complementação. Brevemente será enviada a minuta para discussão no Conselho Superior. Paralelamente a isso, proporcionamos uma capacitação sobre esta Lei para 10 servidores técnicos de todos os campi que lidam diretamente com empreendedorismo e inovação, isto melhorará os fluxos e processos. Então, aqui também digo que a perspectiva é excelente. Teremos pessoas capacitadas e resoluções que nos proporcionam uma maior interação com o meio produtivo. Com certeza muitas novas oportunidades serão geradas para nossos discentes, que são o nosso principal objetivo.
 

Repórter: Luciene Tófoli