Evento discute morte de peixes por hidrelétricas no Brasil

Publicada em 12/04/2021

Nesta quarta, 14 de abril, a partir das 9h, será realizado o evento Mortandade de peixes por hidrelétricas: identificando problemas e cocriando soluções, com transmissão pelo Zoom, neste link. As inscrições serão feitas pela plataforma Sympla, as instruções de acesso fornecidas pela organização próximo ao início do evento. Não há limite de vagas.

A proposta tem como objetivo apresentar os resultados de levantamento conduzido por um grupo de pesquisadores da UFSJ, liderado por Andrey Castro, e da ETH Zürich, na Suíça, liderado por Luiz Gustavo Silva, todos especializados na temática. O grupo atuou em parceria com a Universidade de Southampton (Inglaterra), tendo cerca de dez anos de experiência de pesquisa, período em que avaliaram os efeitos de variações abruptas na pressão como causa de mortandade de peixes, coletando dados sobre a ocorrência de episódios em hidrelétricas brasileiras.

De acordo com o professor Andrey Castro, a operação das centenas de usinas hidrelétricas espalhadas pelo país matou milhares de toneladas de peixes na última década. As ocorrências afetam a biodiversidade, a pesca e as comunidades locais que dependem dela. “Há uma mortandade silenciosa e velada em rios e represas do Brasil”, afirma. O problema também gera grandes prejuízos econômicos para as hidrelétricas, pelo montante de multas recebidas, que ultrapassam os R$ 600 milhões. A ideia é também criar um fórum de discussão sobre as implicações da mortandade de peixes em hidrelétricas.

Na abertura da palestra, as participações do reitor da UFSJ, Marcelo Andrade; do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Beirão; do cônsul britânico em MInas Gerais, Lucas Brown; e da subsecretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Anna Carolina Pozzolo. A mediação estará com Sônia Bridi, jornalista da Rede Globo especializada em questões ambientais.

O evento, realizado pela consultoria de comunicação EasyTelling, é resultado de projeto de pesquisa financiado pelo Fundo Newton - British Council e pela Fapemig, que conta com apoio da Embaixada do Reino Unido e da UFSJ.

 

Samara Santos
Estudante de Jornalismo, estagia na Ascom