AMB alerta sobre falta de medicamentos para intubação e pede isolamento social

Publicada em 23/03/2021

A Associação Médica Brasileira (AMB), por meio de seu Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM Covid), publicou boletim hoje, 23 de março, alertando para a grave situação da pandemia no Brasil e as medidas necessárias para lidar com o problema, “O Brasil soma 25% das mortes mundiais por Covid-19, no período de 15 a 21 de março de 2021. No planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 60,2 mil óbitos, dos quais 15,6 mil em nosso país”, detalha a AMB. Uma a cada quatro mortes por Covid-19 no mundo, portanto, está acontecendo no Brasil.

“Faltam medicamentos para intubação de pacientes acometidos pela Covid-19, não existe um calendário consistente de vacinação, não há leitos em Unidades de Terapia Intensiva. Fake news desorientam pacientes. Médicos e profissionais de saúde, exaustos, já são em número insuficiente em diversas regiões do País”, prossegue o boletim.

Diante da gravidade do quadro, o CEM Covid - AMB publicou orientações para pacientes, médicos e autoridades. Essas orientações abrangem assuntos já conhecidos da população, como urgência da vacinação, do isolamento social, do uso correto de máscaras, mas também conclama para que sejam tomadas medidas para “solucionar a falta de medicamentos ao atendimento emergencial de pacientes hospitalares acometidos pela Covid-19, em especial de bloqueadores neuromusculares, opioides e hipnóticos - indispensáveis ao processo de intubação de doentes em fase crítica. Por compromisso ético e zelando pela transparência, informamos que, na ausência destes fármacos, não é possível oferecer atendimento adequado para salvar vidas.”

A AMB também esclarece que “infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida.”

O boletim completo pode ser acessado aqui.