Pesquisas da UFSJ focalizam jornalismo e memória

Publicada em 06/10/2020 - Fonte: ASCOM

Começa nesta terça-feira, 6, o 10º Seminário de Imigração Italiana em Minas Gerais, evento on-line que este ano discute a influência dos italianos no desenvolvimento, cultura e esportes no Estado. Dois trabalhos de pesquisadoras da UFSJ foram selecionados para o evento, e serão transmitidos neste link, dia 7, quarta, a partir das 15h30, na mesa que vai debater memória, imagens e notícias dos italianos e seus descendentes em Minas Gerais.

Um deles é Relatos afetivos, fotográficos e lembranças em abismo: traços identitários e culturais, desenvolvido pela professora do Departamento de Comunicação Social (Dcoms), Kátia Lombardi.

A proposta do trabalho foi, a partir de histórias colhidas por meio de fotografias e de relatos orais, investigar transferências identitárias e culturais entre diferentes gerações de imigrantes italianos em São João del-Rei. Para tanto, Kátia escolheu duas famílias italianas, que abriram seus álbuns de fotografias e “baús de memórias” para a pesquisadora. A partir das narrativas dos descendentes sobre as imagens dos acervos familiares, Kátia reflete acerca de conceitos como memória, identidade e hibridismo cultural.

Jornal do Poste
Já a professora do Departamento de Letras, Artes e Cultura (Delac), Eliana Tolentino apresentará a comunicação Adelina Corroti e flânerie em Minas Gerais, que traz à luz a biografia pouco conhecida de uma personagem central na imprensa são-joanense.

Adelina Corroti foi uma escritora que viveu em São João del-Rei nas primeiras décadas do século passado. Casada com um italiano e apaixonada por jornalismo, tinha o costume de redigir à mão notícias e textos em papéis e afixar cópias em locais movimentados da cidade. Inspirado no seu “fazer jornalístico diário” foi que, anos mais tarde, o são-joanense Joanino Lobosque fundou o Jornal do Poste, pioneiro do jornalismo mural, que se tornou tradição sui generis da cidade de São João del-Rei.

Adelina Corroti viveu também em Belo Horizonte, onde manteve, à custa própria, sua atividade literária e O Poste, seu jornal mural. Considerada personagem ilustre na história da imprensa mineira, Adelina é citada no livro Baú de ossos, do memorialista Pedro Nava.

Toda a programação do Seminário é gratuita, e está disponível nesta página.