Grupo do CCO pesquisa e atua na prevenção ao suicídio

Publicada em 10/09/2020

10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. De acordo com a ONG Setembro Amarelo, que realiza a campanha nacional no Brasil, todos os anos são registrados cerca de 12 mil suicídios. No mundo, são mais de um milhão. Os números estão aumentando e atingem principalmente indivíduos jovens. Ainda de acordo com a Setembro Amarelo, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão ligados a transtornos mentais, entre eles a depressão, seguida de transtorno bipolar e uso de substâncias.

Segundo a professora do curso de Enfermagem e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Valorização da Vida, Nadja Cristiane Lappann Botti, para se entender o que leva um indivíduo a tirar a própria vida é importante compreender o suicídio como um fenômeno psicossocial multifacetado e com diversas causas. “Há vários fatores que predispõem e precipitam o suicídio e, geralmente, numa autópsia psicossocial, conseguimos acessar tais fatores que se apresentam numa urgência de dor subjetiva extrema”, explica Nadja.

Junto com a professora Simone de Almeida Machado, sua colega da Enfermagem, Nadja é coordenadora do Teia Vita - Grupo de Trabalho de Valorização da Vida e Suicidologia, que atua no Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), em Divinópolis. O Grupo existe desde 2006, tem registro no CNPq, e reúne profissionais e estudantes de diversas áreas, desde o Direito até a Enfermagem. O Teia Vita atua em três vertentes: pesquisa, ensino e intervenção.

O grupo desenvolve pesquisas no campo da Valorização da Vida e Suicidologia com alunos da graduação, mestrandos e residentes da Residência Multiprofissional da Saúde do Adolescente. Além disso, na vertente de estudos, a equipe realiza encontros temáticos para leituras e discussão teórico-prática do campo da Suicidologia. Na área de intervenção, o Teia Vita viabiliza trabalhos de desenvolvimento de metodologias inovadoras de valorização da vida e prevenção ao suicídio.

Um momento marcante na trajetória do Grupo foi a atuação junto a moradores de Brumadinho, atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos minerais da Vale. O Grupo atuou com valorização da vida e promoção da saúde mental infantil. A experiência está relatada no e-book Expedição Estrelas Gerais, que se encontra disponível para download gratuito na plataforma academia.edu.

Pandemoinho e Museu da Esperança
Durante o período de isolamento social, o Teia Vita está desenvolvendo dois projetos, denominados Pandemoinho e Museu das Esperança. Segundo Nadja, o Pandemoinho é uma proposta inventiva que convida a “reflexões sensíveis, éticas e críticas” de proteção à vida, valorização do viver, promoção de saúde mental e prevenção do suicídio em tempos de Covid-19. A programação e os encontros virtuais do Pandemoinho são gratuitos e podem ser encontradas no perfil do Instagram @pandemoinho.

O Museu da Esperança se caracteriza como um “museu vivo, virtual, híbrido e utópico para conservação, investigação, difusão e exposição das esperanças.” Sua mostras apresentam interlocuções estética, psíquica e política do que se nomeia esperança. A programação e as atividades virtuais do Museu da Esperança também são gratuitas e podem ser encontradas no perfil @esperanca.museu.

Neste momento de isolamento social, os encontros do Teia Vita são apenas virtuais. Os contatos podem ser feitos por e-mail ou pelos endereços de Instagram citados, e ainda aqui.