Cartilha discute a origem do racismo negro no Brasil

Publicada em 04/09/2020

Nesta sexta, 4, às 17h, com transmissão pelo Facebook, o Centro de Referência de Cultura Popular Max Justo Guedes, lança a cartilha A origem do racismo em relação ao negro no Brasil. O debate on-line vai reunir o autor, Argemiro Gurgel, mestre em História Social do Brasil pela UFRJ, e a mestranda em História pela UFSJ, Simone Assis. Posteriormente, a cartilha estará disponível nas redes sociais e no blog do Centro de Referência.

A origem do racismo é o primeiro número da série Caminhos da Cidadania, e traz reflexões da pesquisa acadêmica de Argemiro em História Social do Brasil, além de sua vivência como educador de jovens e adultos na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. A publicação, segundo o autor, surge coincidentemente num momento de debate acerca do tema, em que é necessário valorizar iniciativas que tirem da invisibilidade o fenômeno social do racismo.

‘‘O importante, para alcançarmos mudanças significativas e efetivas, é esse trabalho constante de análise, de compreensão e de desconstrução desse fenômeno, para identificar os principais elementos sustentadores dessa desigualdade. Nessa perspectiva, a cartilha traz para discussão os conceitos de racismo institucional e estrutural’’, explica Argemiro. Tome-se como exemplo a lei federal 10.639, de 2003, que tornou obrigatório o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira nas escolas públicas e particulares, para se promover uma educação mais diversificada e antirracista. Sua aplicação, nesses 17 anos, ainda é muito modesta.

Centro de Referência de Cultura Popular Max Justo Guedes
Fundado na segunda metade de 2012, o Centro atua diretamente na comunidade do Alto das Mercês, formada predominantemente por pretos e pardos. Naquele ano, o Centro de Referência foi implantado como espaço institucional no Fortim dos Emboabas, sendo constituído por dois núcleos: Museu de Vivências, voltado para a preservação do patrimônio imaterial e responsável pela criação das cartilhas; e Museu do Barro, que busca, por meio de práticas ligadas ao ensino e pesquisa da cerâmica, enfatizar a importância do patrimônio material em sua ligação direta com o imaterial, oferecendo oficinas para a geração de emprego e renda.

 

Guilherme Guerra
Estudante de Jornalismo, estagia na Ascom