Proae mantém auxílios e garante política de acesso remoto

Publicada em 19/08/2020

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proae) é o órgão da UFSJ responsável pela gestão de programas e projetos que visam a propor políticas de assistência e ações afirmativas, de permanência, de saúde e atividades esportivas, culturais e sociais dirigidas aos estudantes da instituição. Em tempos de pandemia, as atenções se voltaram para a manutenção dos auxílios e bolsas já existentes, e pela proposta de uma resolução que materializasse o ensino remoto na Universidade.

Para a pró-reitora Janice Carvalho, assim que a pandemia começou, a Proae logo focou suas diversas ações na manutenção dos auxílios que existiam, como o que recebem os 1.606 estudantes inscritos no Programa de Assistência Estudantil (Pase), assim como o auxílio-creche e as monitorias especiais. Com as restrições impostas pela Covid-19, foram incorporados novos auxílios. Uma amostra: atualmente, 130 estudantes recebem auxílio-emergencial, enquanto 502 recebem o auxílio-alimentação emergencial. “Pode haver casos de o estudante precisar dos dois auxílios”, explica a pró-reitora.

Num universo como a UFSJ, na qual 25% dos estudantes são cotistas, ingressantes por meio de ações afirmativas, que necessitam comprovar renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo, a pandemia atingiu em cheio a vida da comunidade acadêmica, incidindo sobre o trabalho da Proae. “Esse período foi de muito trabalho na Pró-Reitoria, de muitas demandas. Muitos estudantes passando por momentos delicados. Muitas famílias perderam a subsistência, o emprego, o número de vulneráveis aumentou. A Proae então investiu forte na sua missão de amparar aos mais necessitados”, destaca Janice.

A pró-reitora conta também que houve, nesse período, muita instabilidade emocional entre os estudantes. Os projetos de auxílio psicológico têm atuado frente a dificuldades diversas. Segundo dados da Proae, em cem dias de gestão, 20 estudantes estão sendo atendidos por psicólogos do quadro funcional da UFSJ, e outros 46, pelo Projeto Acolhimento Psicológico. Nesses quase quatro meses, 75 estudantes solicitaram consultas a profissionais da saúde: oftalmologistas, psiquiatras e psicólogos.

Inclusão digital
Além de garantir a manutenção de auxílios estudantis, a Proae atuou decisivamente no processo que culminou com a edição da Portaria 011/2020, do Conselho Universitário (Consu), que instituiu a Política de Inclusão Digital, possibilitando aos estudantes em vulnerabilidade socioeconômica o acesso ao Ensino Remoto Emergencial. Desde o início, a pró-reitora Janice e o diretor da Divisão de Assistência e Ações Afirmativas da Proae, José Ricardo Braga, participaram de todos os debates, ouviram as representações da comunidade, até chegarem à formulação da nova política.

Aprovada no último dia 10, a resolução foi discutida e efetivada em tempo recorde. Isso permitiu que fosse aprovada a tempo de o auxílio estar disponível aos estudantes antes das aulas começarem. “Bem no início da pandemia, tivemos que nos mover para estabelecermos uma política de ensino remoto. Agimos rápido, conseguimos publicá-la a tempo, com espaço até o início das aulas. Trabalhamos muito pesado nesse período”, lembra Janice, acrescentando que a Proae está recebendo, neste momento, inscrições ao auxílio digital, nas modalidades Aquisição de equipamento tecnológico e Acesso à internet. “Vamos analisar os dados dos inscritos, pois nosso objetivo é atender a todas as demandas.”

Além da resolução do Consu, o Conselho Diretor (Condi) aprovou, dia 13, a resolução que viabiliza o pagamento dos auxílios. E também estabelece os valores a serem pagos durante o período remoto emergencial: R$ 2 mil para a compra de equipamentos, e R$ 100 para pacotes de dados. Até o fechamento dessa matéria, cerca de 500 estudantes já haviam se inscrito nas duas modalidades de auxílio. “Possibilitar as condições de acesso ao ensino remoto emergencial para nossos estudantes em situação de vulnerabilidade é o atual desafio da Proae”, avalia Janice.

Para a pró-reitora, mesmo em face a tantas dificuldades, o trabalho tem sido proveitoso em todos os sentidos. “Apesar de estarmos preocupados com o futuro pós-pandemia, tem sido muito gratificante a sensação do dever cumprido. A gente vem se reinventando a todo momento”, conclui.

 

 

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