Evento desafia estudantes em busca de soluções para o ensino remoto

Publicada em 30/07/2020

A Universidade Federal de São João del-Rei, em parceria com o IF Sudeste - Campus São João del-Rei e o Uniptan, promove a competição Hackathon Vertentes, cujo foco é buscar soluções inovadoras para a adoção de aulas remotas em todos os níveis de ensino: superior, médio e fundamental. O evento acontece virtualmente entre os dias 11 e 15 de agosto. Inscrições serão recebidas, gratuitamente, até o dia 2 de agosto, neste link.

O neologismo hackathon surge da junção de duas palavras do inglês: o verbo to hack, que pode significar “programar de forma rápida e agilmente”; e marathon, a corrida de 42 km que deve ser vencida no menor intervalo de tempo possível. Trata-se de uma competição organizada por um grande grupo de pessoas das três instituições de ensino, contando com apoio estatal e empresarial, explica um dos organizadores da maratona, o estudante Thiago Ávila. Os representantes da UFSJ são os mesmos que participaram da Hackathon do Bem, além da equipe Indetec-UFSJ, a Incubadora de Desenvolvimento Tecnológico e Setores Tradicionais do Campo das Vertentes.

“Nosso desafio é mostrar às pessoas que a Hackathon é eficaz para análise de problemas e desenvolvimento de soluções”, afirma Thiago, que cursa o 3º período do curso de Administração e faz estágio na Indetec. O objetivo é instigar no público o interesse pela problemática e pela ideia geral do projeto, considerado uma novidade para a região do Campo das Vertentes, destaca o organizador.

Os profissionais das áreas de Educação, Design, Tecnologia e Negócios também podem participar, na função de mentores, auxiliando no desenvolvimento dos projetos, desde a problemática apresentada até a conclusão.

Os desafios do ensino remoto
No momento em que vivemos a pandemia da Covid-19, o evento chama pela reflexão a respeito do distanciamento social e por ideias que solucionem ou amenizem os desafios dessa realidade. “Há problemas envolvidos nesta nova dinâmica do processo de ensino-aprendizagem e esperamos que os participantes consigam atuar de forma efetiva em pelo menos alguns deles”, contextualiza.

O ambiente de colaboração digital (como as salas de ensino remoto) sustenta-se em três pilares: comunicação, coordenação e cooperação. O primeiro passo para o trabalho colaborativo é a comunicação, com seus dispositivos e exigências, que cria “compromissos” entre os participantes. Cabe à coordenação gerenciar esse trabalho, organizando o grupo de pessoas para possibilitar a cooperação (alinhada ao método educacional) entre a equipe, que por sua vez transmite seus resultados por meio da comunicação.

Esses três elementos precisam ser adequadamente percebidos por toda a equipe, sob pena de gerar uma sobrecarga de informação que pode levar a conflitos que precisam ser tratados pela coordenação, para não prejudicarem a cooperação. “É uma nova dinâmica, com muitos desafios, que vão desde aparatos tecnológicos físicos (hardware e rede) até a lógica de atuação dos participantes, considerando metodologias educacionais para viabilizar um processo educacional mediado por tecnologias digitais”, avalia Thiago. Clique aqui para acessar vídeo com explicação teórica para esse raciocínio.

O desafio será dividido em três categorias, uma para cada nível educacional, que pode ser escolhido pelos inscritos, individual ou coletivamente, aberta a egressos de quaisquer áreas do conhecimento. Somente no último dia de disputa é que as equipes apresentam suas soluções para uma banca avaliadora, assim como um protótipo do projeto. Cabe à comissão avaliar a aplicabilidade de cada proposta, assim como seu nível de desenvolvimento e potencial inclusivo.

Mais informações, visite a página no Instagram.
 

João Vítor Bessa
Estudante de Jornalismo, estagia na Ascom