28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Publicada em 28/06/2020

Lésbicas. Gays. Bissexuais. Transsexuais. Queer. Intersexo. Assexual. LGBTQIA+. A nomenclatura é importante, e são muitas definições dentro da diversidade sexual. Cada uma delas carrega significados, histórias e luta. O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é uma data celebrada mundialmente. Um dos motivos é não deixar que o caminho cheio de preconceitos, mas também de muita luta, trilhado ao longo dos anos por pessoas que se encaixam em uma ou mais dessas letrinhas, seja esquecido ou apagado.

Em 1969, quando era crime ser gay em grande parte dos Estados Unidos, inclusive em Nova Iorque, frequentadores do bar Stonewall Inn se rebelaram no dia em que a polícia invadiu o local e prendeu vários frequentadores, em especial travestis e drag queens, por vestirem roupas do sexo oposto. O ato fez os outros frequentadores se rebelarem, jogando objetos na polícia e ateando fogo. Os cinco dias seguintes foram marcados por protestos contra a violência sofrida pela comunidade LGBTQIA+. E assim nasceu o mês e o Dia do Orgulho LGBT.

De lá pra cá algumas coisas mudaram. A LGBTfobia foi criminalizada, o reconhecimento social da identidade de gênero foi conquistado, as identidades trans não são mais tratadas como patologia, casais homoafetivos podem adotar crianças, além de outros avanços. Mas, ainda que a comunidade LGBTQIA+ tenha conquistado muitos direitos básicos como poder casar-se, ser homossexual ainda é crime em 70 países. Muitas pessoas ainda sofrem discriminação dentro da própria família, nas escolas, nas faculdades e universidades, no mercado de trabalho e em vários outros âmbitos. Só no Brasil, em 2019, a transfobia fez pelo menos 124 vítimas - isso significa que, a cada três dias, uma pessoa trans foi assassinada no país. O discurso de que ser LGBTQIA+ é errado, pecado, e a defesa de que existe cura, ainda que não haja nenhuma doença, é constante e alimenta e reforça o preconceito enfrentado até hoje pela comunidade.

Orgulho é o antônimo de vergonha. O dia e o mês do orgulho LGBTQIA+ são um dos meios para lutar contra o sentimento de culpa que a sociedade impõe sobre a comunidade por simplesmente serem quem eles são. Também é uma maneira de não esquecer a história de luta e resistência da diversidade. Nenhuma pessoa deveria sentir vergonha, culpa ou medo de ser quem é e amar quem quiser amar. A UFSJ reforça a importância do respeito e da aceitação de todas as pessoas e do poder público na normalização do indivíduo LGBTQIA+ em todos os espaços.