Pesquisa da UFSJ estuda protótipos de medicamentos com efeitos colaterais menores

Publicada em 13/06/2019

O avanço nos tratamentos de saúde passa pelo uso da tecnologia no desenvolvimento de novas terapias e recursos médicos. Uma das inovações é o uso de biomateriais, dispositivos formados por compostos artificiais ou naturais capazes de interagir com o corpo humano. Eles são necessários, por exemplo, quando um órgão ou tecido do corpo é danificado e para de exercer as suas funções parcial ou completamente.

Nessa área, o Laboratório de Química Teórica e Computacional (LQTC) do Departamento de Ciências Naturais (DCNAT) da UFSJ desenvolve, desde 2018, uma pesquisa sobre biomateriais de interesse tecnológico, farmacológico e para a química de novos materiais. O estudo é coordenado pelo professor Clebio Soares Nascimento Jr., juntamente com os professores colaboradores Keyller Bastos Borges e Luciana Guimarães.

O trabalho envolve simulações computacionais para criação de novos protótipos de medicamentos, como antibióticos e anestésicos locais, de efeitos colaterais menores e com biodisponibilidade melhorada. Segundo Clebio, há interesse também no estudo de novos dispositivos bioeletrônicos com propriedades de condutividade expandida. 

A pesquisa envolve o estudo sobre macromoléculas e parte das atividades é “investigar a química supramolecular de biomateriais, analisando via cálculos teóricos e por meio de dados experimentais os processos de formação de complexos do tipo hóspede-hospedeiro de moléculas bioativas formados à base de ciclodextrinas," explica o professor. Essas ciclodextrinas são importantes por ter formato tridimensional cônico, o que possibilita a formação de complexos de inclusão com variados tipos de compostos relacionados aos biomateriais.

Em pouco mais de um ano, o estudo já rendeu seis artigos publicados em periódicos internacionais.

Bolsista de produtividade
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) financia, pela modalidade bolsistas de produtividade, pesquisadores em atividade no Brasil. O benefício tem por objetivo valorizar a produção científica no país.


Essa reportagem faz parte de uma iniciativa de divulgação científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prope)