UFSJ sedia II Encontro MG de Comportamento Motor

Publicada em 31/05/2019

A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) sedia no dia sete de junho, o II Encontro MG de Comportamento Motor (II EMGCM). Organizado pelo Grupo de Estudos em Comportamento Motor (Gecom) do Departamento de Educação Física e Saúde da UFSJ (Dcefs), o encontro tem a função de aprofundar discussões sobre o comportamento motor humano, área responsável pela aprendizagem, organização e produção dos movimentos do corpo humano. As atividades ocorrem no Anfiteatro do Campus Santo Antônio, das 7h30 às 17h30.

De acordo com o professor do Dcefs, Claudio Manoel Ferreira Leite, as conversas irão focar na aprendizagem motora com uma abordagem neurofisiológica, ou seja, salientando a importância dos processos físicos e do sistema nervoso no processo.
O II EMGCM foi criado para oferecer, aos profissionais da área, um panorama dos estudos mais recentes do comportamento motor. Além de profissionais da educação física estarão presentes no dia, fisioterapeutas, pedagogos e psicólogos.

Aprendizagem motora
A aprendizagem motora estuda como os seres humanos aprendem a se movimentar. Esses conceitos podem contribuir para sabermos a maneira como aprendemos desde tarefas comuns do dia a dia, como manipular talheres ou dirigir, até atividades mais complexas como esportes ou danças, e também ajudar na reabilitação de movimentos perdidos devido a acidentes ou doenças.

Outro aspecto é como os movimentos mudam ao longo da vida. “O desenvolvimento motor passa por estágios e nós temos alguns padrões de movimentos básicos que são fundamentais e que permitem que a gente adquira movimentos mais sofisticados. A aquisição desses movimentos básicos deveria acontecer até a faixa dos onze anos, mas observamos que muitos adultos não têm esse repertório fundamental bem desenvolvido”, explica Claudio.
O prof. Claudio formou o Gecom em 2016, e desde então vem orientando alunos de Iniciação Científica na produção de pesquisas. Uma das principais pesquisas do grupo investiga o nível de desenvolvimentos motor de jovens adultos universitários.

Por meio de testes físicos, os estudos sugerem que há um atraso no desenvolvimento motor de pessoas adultas, ou seja, que muitas delas não apresentam o repertório de movimentos adequados a sua idade: “Em uma escala de desenvolvimento que vai até os 11 anos (idade em que os movimentos fundamentais podem estar completamente desenvolvidos), os alunos que investigamos estão com média de nove anos e meio, havendo alguns com padrão motor correspondente a seis anos e meio. Agora queremos ampliar essas pesquisas, inclusive para investigar porque essa defasagem acontece”.

Outros trabalhos do Gecom procuram a relação entre o treinamento de força e a aprendizagem motora. Em um estudo foi investigado efeitos de danos musculares causados pelo esforço físico intenso afetam na aprendizagem motora, um aspecto comum entre esportistas , praticantes de atividades físicas e mesmo pessoas em reabilitação: “O grupo que foi submetido ao esforço muscular teve problemas de aprendizagem motora. Esse é o primeiro trabalho nessa linha, que será explorada e aponta para implicações diversas”, diz Claudio.
Além dessas pesquisas, o II EMGCM trará temas e pesquisadores de ponta sobre o assunto para dentro da UFSJ. O Encontro será gratuito, e além de palestras, haverá mesas redondas e mais de 60 trabalhos apresentados em forma de pôster. Para mais informações acesse o site do evento