Seminário discute violência e sexualidade no CCO

Publicada em 11/12/2017

Evento multidisciplinar está com inscrições abertas

A Residência Multiprofissional em Saúde do Adolescente (Remsa) promove o “Seminário sobre Violência e Sexualidade: aspectos históricos, sociais, jurídicos, éticos e práticos” na próxima sexta-feira (15 de dezembro), a partir das 8h, no auditório do Campus Centro Oeste Dona Lindu, em Divinópolis.

Esse tema foi selecionado de acordo com uma demanda identificada pelos residentes em Saúde do Adolescente no tratamento de jovens. “Como estamos atuando em uma equipe multiprofissional, sabemos da importância dos vários olhares sobre o mesmo assunto”, explica Mayra Gama, dentista da Remsa. Por isso, a programação conta com profissionais e especialistas em diversas áreas para dividirem seus conhecimentos e atualizar o público sobre as abordagens de tratamento.

O evento é aberto a todos os interessados. Para participar, é necessário se inscrever pessoalmente no Centro de Saúde do Bairro São José (endereço) ou pelo formulário on-line. A taxa de inscrição é de R$ 10,00 e pode ser paga no credenciamento.

Violência sexual no Brasil

Em 2016 foram registrados 49.497 casos de estupro no Brasil. Os números são do 11° Anuário Brasileiro de Segurança Pública e apontam que, aproximadamente, uma mulher é agredida sexualmente a cada 10 minutos no país. Além disso, a maior porcentagem das vítimas é representada por crianças e adolescentes de até 17 anos, de acordo com o levantamento Estupro no Brasil do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

As estatísticas são alarmantes e são apenas os dados correspondentes às ocorrências policiais registradas. Especialistas estimam, porém, que esse número representa entre 10% e 15% do total. E há uma série de questões que levam as mulheres a deixarem de denunciar casos de assédio e violência sexual.

A Lei Federal nº 12.015/2009 altera a conceituação de “estupro”, passando a incluir, além da conjunção carnal, os “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor”. Importante salientar que foi registrado um aumento de 3,5% em dos casos em relação a 2015.