Conversando sobre Educomunicação com Ismar de Oliveira Soares

Publicada em 04/10/2017

A Educomunicação surge como um neologismo de duas palavras que parecem estar intimamente ligadas: educação e comunicação. Juntas, essas expressões têm um significado prático muito importante. A Educomunicação aparece para suprir a necessidade do envolvimento coletivo de crianças, jovens, estudantes, que fazem a diferença no mundo usufruindo da comunicação. É usar a mídia como forma de obter soluções práticas para a realidade dos jovens – nesse caso, dos jovens brasileiros.

Para evidenciar melhor as ideias da Educomunicação, o professor Ismar de Oliveira Soares falou sobre o assunto para os alunos dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo) e algumas turmas da licenciatura em Geografia. A palestra aconteceu na quinta, 28, no Auditório do Campus Tancredo Neves (Ctan), em São João del-Rei. A mesa era composta pela Superintendente Regional de Ensino, Adriana Leitão; a coordenadora do curso de Jornalismo da UFSJ, professora Luciene Tófoli; o vice-Reitor da UFSJ, professor Marcelo Pereira de Andrade; e as professoras e organizadoras do livro “Transdisciplinaridade & Extensão: Signos da Educomunicação no Brasil”, Maria José Neto e Filomena Bomfim.

Ismar começou a palestra contando como crianças e jovens do século XXI utilizam a mídia como ferramenta de transformação do mundo ao seu redor. Em seguida, apresentou fotos de turmas de escolas públicas e privadas que tiveram Educomunicação como atividade escolar e explicou de que forma essas prática influenciaram na vida social das crianças.

No decorrer da palestra, Ismar apresentou obras e autores que, desde o início do século XX, já falavam em uma espécie de Educomunicação. A partir disso, o professor comentou sobre as políticas públicas de educação desenvolvidas no Estado de São Paulo, tendo como viés a forma como os adolescentes consomem a mídia. “Estamos tendo o reconhecimento da Educomunicação, podemos ver isso nas políticas públicas, por exemplo”, relata. O professor ainda aponta a comunicação como um fator que se equipara aos Direitos Humanos, e que isso deve ser ensinado desde criança, dentro das escolas.

Ismar reafirma, também, que a Educomunicação se faz em conjunto. “É somente no coletivo que se dialoga com o sistema de ensino, com as políticas públicas e com as áreas da Comunicação e Educação”, comenta.

No fim, foi aberto um espaço para perguntas para que o público tirasse dúvidas de como aplicar a Educomunicação em sistemas diversos, tais como museus e saúde.

A palestra fez parte do evento “Educomunicar para refletir e comunicar”, idealizado pela professora Filomena, e teve apoio da equipe do projeto de extensão de Jornalismo Vertentes Agência de Notícias (VAN).