Em encontro de latino-americanas, UFSJ defende que universidades ocupem espaços internacionais na decisão de políticas globais

Publicada em 20/09/2023

Crises sociais é o grupo do qual o reitor Marcelo Andrade está participando, em Roma, na Itália, a convite do Vaticano, e que faz parte do Encontro entre Reitores de Universidades Latino-Americanas e Caribenhas: Organizando a Esperança. No encontro desta quarta, 20, Marcelo encaminhou a discussão de diversos temas, como o modelo das contemporâneas baseadas no consumismo que atingem, em especial, a juventude pobre; o êxodo, a diáspora e os refugiados na contemporaneidade; a socialização dos avanços da ciência e tecnologia de forma igualitária a toda sociedade e a ação integrada de todas as universidades da América Latina.

Segundo Marcelo, é preciso resgatar a esperança a partir do termo cunhado por Paulo Freire, esperançar. “A esperança não pode apenas ser a esperança, mas esperança tem que ser o agir para transformar o mundo. Nesse sentido, as universidades latino-americanas devem se posicionar firmemente para ter representação nos órgãos e organismos internacionais, as propostas educacionais não podem vir de cima para baixo, como acontece em relação ao BID e FMI. Temos que ser protagonistas na discussão das nossas demandas e interferir na pauta internacional sobre políticas públicas sociais e da educação. Não podemos mais aceitar que organismos externos determinem políticas pobres para pessoas pobres em nossos países, nós temos que construir nosso rumo e futuro justo para os nossos povos”, defendeu.

Marcelo salientou, ainda, a valorização da extensão pelos governos latino-americanos, “pois ela é nosso elo na socialização de conhecimento entre as universidades e a sociedade e vice-versa, um caminho de mão dupla.” Segundo o reitor, é preciso que as universidades latino-americanas se engajem na defesa da formação de professores, desde a educação básica até a educação superior. “A educação é saída, é o futuro”, frisou.

Laudato Si
O encontro está relacionado à Segunda Carta Encíclica do Sumo Pontífice, de 2015, intitulada Laudato si [Louvado seja] – sobre o cuidado da casa comum, voltada às questões ambientais e sociais. Na Encíclica, o Papa Francisco reflete sobre ações conscientes para os cuidados com o planeta, “a nossa casa”, tanto pelo viés da preservação ambiental, quanto do desenvolvimento e da superação das desigualdades sociais.

Nesta quinta, 21, reitores e reitoras têm audiência presencial com o Santo Padre, quando o reitor da UFSJ entrega o Ofício de Filiação da Universidade Federal de São João del-Rei à construção de um mundo igualitário, justo e pacífico.


 

Luciene Tófoli
Assessora de Relações Institucionais e Corporativas
ASREC