Duas startups da UFSJ selecionadas no Programa Centelha 2 da Fapemig

Publicada em 07/08/2023

As startups Insummo e Tratabio, desenvolvidas por pesquisadores e profissionais egressos da UFSJ, estão entre as 25 iniciativas que serão apoiadas pela Fapemig dentro do Programa Centelha 2. Ao todo, a agência de fomento investirá R$ 1,6 milhão na fase 2 do Programa, que tem a finalidade de promover a inovação, o desenvolvimento de novas tecnologias, a geração de novas empresas, empregos e de ganhos econômicos para Minas.

Insummo
A startup surgiu em 2022 como consequência de pesquisas que ocorriam na UFSJ desde 2010. O grupo desenvolve um produto à base de biomoléculas usado para recobrir superfícies de equipamentos médicos. O revestimento evita a adesão de microorganismos e pode solucionar boa parte das infecções hospitalares.

Segundo o professor Granjeiro, nesta segunda fase, ocorrerá o aumento de escala do biorreator, o licenciamento da tecnologia da UFSJ para a empresa e a finalização das propostas de vendas. Para ele, a aprovação é mais uma motivação que a Innsumo tem para continuar com o propósito de trabalhar para colocar no mercado um produto desenvolvido no laboratório da UFSJ e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Além do professor Granjeiro, são sócios da insumo o pós-doutorando Diego Fernandes Livio (PPGBiotec), a doutoranda Maria Auxiliadora de Oliveira (PMBqBM) e o mestrando Hiure Gomes Ramos Meira (PMBqBM).

Tratabio
Por intermédio da biotecnologia, essa startup desenvolveu o Tratafish, produto destinado ao cultivo e capaz de melhorar o desempenho dos peixes, além de inibir patógenos, reduzir a mortalidade, melhorar a conversão alimentar e aumentar a absorção de nutrientes no intestino.

De acordo com o professor Daniel Bonoto, os recursos da nova fase serão investidos na compra de equipamentos para desenvolvimento da tecnologia. A aprovação é vista por ele como “uma grande conquista”, tendo em vista a excelente classificação recebida, o quarto lugar na seleção.

A Tratabio surgiu em 2020, a partir da disciplina Empreendedorismo, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, e nos últimos anos participou, mediante seleção, de importantantes iniciativas como o Movimento Empreendedor do Vale do Rio Pará (Movap), Programas Catalisa (do Sebrae), Inovativa Brasil e Tecnoparq Acelera.

Com a aprovação para a nova fase do Centelha 2, o grupo pretende melhorar a tecnologia, passando do tratamento de probióticos na ração para uso do probiótico na água. “Conseguir alcançar esse objetivo será um grande passo para a startup, pois vai facilitar a aplicação do produto, gerando melhores resultados no desempenho zootécnico dos animais, além de promover a biorremediação da água”, explica o professor Daniel Bonoto, que tem como sócios na empresa os pesquisadores Wanderson Duarte Penido (doutorando em Biotecnologia pela UFSJ e fundador da Tratabio), Alessandra de Almeida Rosa Penido, (Administradora e CEO da startup), Thaís Paula de Araújo (mestre em Biotecnologia pela UFSJ e CEO da startup), Carlos Henrique Figueiredo Vasconcelos (docente da UFV e sócio cotista da Tratabio) e Júlia (bióloga e sócia cotista da startup).

Seleção
Segundo a Fapemig, nesta segunda edição, 215 ideias foram apresentadas. Após 12 meses do lançamento e três fases de capacitação, o Programa Centelha chega ao resultado final, que permitirá o aporte de até R$ 66,6 mil por projeto, com recursos Finep e Fapemig.

No Centelha 2, os projetos se apresentaram em dez temáticas diversificadas, com destaque para setores de aplicação relacionados à saúde e bem-estar, Ti Telecom, Educação, Agronegócio, Meio Ambiente, Bioeconomia, que têm mobilizado debates na comunidade em geral e acadêmica.


Na foto, os pesquisadores Hiure Gomes Ramos Meira (mestrando do PMBqBM) e Diego Fernandes Livio (pós-doutorando pela PPGBiotec), sócios da Innsumo Soluções Biotecnológicas