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ATeogonia de Hesíodo foi a primeira experiência pela qual o homem tomou consciência de que o seu pensamento era gerador de um conhecimento reflexivo. Era a ciência da religião apontando caminhos para o surgimento da filosofia e, a partir dela, para o surgimento das outras ciências. Assim justifica o homem contemporâneo conciliar os seus sentimentos com a ciência


  • O Laboratório de Lógica e Epistemologia é um núcleo de pesquisas interdisciplinares tendo como linhas mestras a Lógica e áreas afins e a Epistemologia e áreas afins.

Objetivo geral

  • Laboratório tem como objetivo geral reunir professores e alunos interessados em pesquisas interdisciplinares de relevante interesse para a ciência e repassar os resultados dessas pesquisas para os alunos da Graduação e Pós-Graduação com a finalidade de melhorar a qualidade do ensino e atualizar os seus conteúdos programáticas. Trata-se, portanto de um Laboratório de pesquisas e ensino.

Objetivos específicos

  • Resgatar textos nas áreas propostas, sobretudo na área de Lógica
  • Fazer laboratório de textos em português, francês, latim, inglês, italiano, espanhol e grego.
  • Aplicar os conhecimentos obtidos nas pesquisas à prática do ensino da graduação e pós-graduação com o objetivo de criar um vínculo mais humano entre o homem e a ciência.
  • Criar e publicar documentos resultantes das pesquisas.
  • Criar textos para apoio didático-pedagógico.
  • Promover atividades acadêmicas com o objetivo de divulgar os resultados das pesquisas.
  • Promover a troca de experiências e dos conhecimentos adquiridos nas áreas propostas com outros núcleos de pesquisas interessados no assunto.

Estrutura

  • Laboratório possui professores executores de diferentes áreas do conhecimento filosófico, da UFSJ, professores colaboradores de outras Instituições, alunos monitores e outros interessados.

Justificativa

O pensamento contemporâneo está se voltando, cada vez mais, para o conhecimento interdisciplinar com o objetivo de valorizar o potencial humano de forma a considerar as suas necessidades materiais, psicológicas e intelectuais.

Para o homem que vislumbra a Nova Era não se justifica mais o conhecimento unilateral ou excludente. Não há mais lugar para conflitos acadêmicos de ordem ideológica ou para ortodoxias de conhecimento. O homem que está caminhando para o terceiro milênio não aceita mais o conhecimento sem seus fundamentos porque ele não é, como um ser que pensa e age, um viajante desinteressado da sua história. Ele tem a visão de um horizonte de conhecimentos do homem do passado., do presente e do futuro que ao longo dos séculos armazenou, na sua memória genética, um volume de conhecimento diversificados dando, muitas vezes, uma falsa idéia de falta de concisão intelectual.

Quando o conhecimento foi didatizado e classificado por áreas específicas distribuídas de acordo com o seu objeto de estudo, compartimentalizou-se o conhecimento e isolou-se o homem em seus objetos de estudo. Aboliu-se o diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento e, em conseqüência, aboliu-se a troca de experiências entre elas. Por causa da especificação do conhecimento, torna-se um pouco difícil aceitar, sem restrições, que pesquisadores de um área das ciências exatas e tecnológicas, por exemplo, tenham pendores que ponham em evidência os seus sentimentos. Esse modo de pensar norteado, muitas vezes, por simples opiniões, imanetizou-se na cultura passando a idéia de que o conhecimento objetivo é excludente ou de que o homem objetivo (físico, matemático, químico, biólogo etc) não passa de um observador de laboratórios experimentos ou de um criador de fórmulas e equações.

A importância de se tomar estas duas áreas do conhecimento filosófico como linhas mestras do programa diz respeito ao fato de não se poder estudar as diferentes formas do pensamento humano sem a lógica e de não se poder estudar as diferentes formas do conhecimento sem a epistemologia. Assim, com a lógica, pesquisar-se-á as diferentes formas de pensamento e as diferentes formas de conhecimento que o pensamento constrói e capacita o homem fazer a interface entre os diferentes sistemas de conhecimento. Nesse caso, valorizar-se-á também as pesquisas voltadas para as linguagens uma vez que elas são os veículos de expressão do pensamento e fontes nas quais encontramos as diferentes formas de conhecimento. Baseado no exposto, não é mais verdadeiro dizer, hoje, que quanto mais ciência e técnica mais o homem se afasta da essência, pois para o homem da Nova Era, a ciência é o caminho que busca a essência uma vez que busca os fundamentos do conhecimento enquanto a técnica é a execução dos resultados dessa busca. Há, portanto, uma tentativa de conciliação do conhecimento teórico com o conhecimento prático, uma conciliação do pensamento e do conhecimento analítico com o pensamento e conhecimento sintético. O conceito de ciência e técnica que afastam o homem do seu mundo emocional e psicológico não é mais o conceito do homem que vislumbre o terceiro milênio. O homem do terceiro milênio é intelecto e emoção. É o homem das equações matemáticas e das rimas poéticas, dos versos alexandrinos e dos experimentos laboratoriais, dos cantos gregorianos e das multiformas artísticas, porque ele é a síntese do homem da antigüidade grega preocupado com a substância, com o ser, com a essência, com o Cosmos, com o homem místico da Idade Média, voltado para a Cabala, para a Alquimia, com o homem da ciência e dos métodos experimentais da Idade Moderna e com a técnica (progresso da informática) do homem da fase Contemporânea. É o homem que se preocupa com o conhecimento (epistemologia) que o seu pensamento (lógica) produz. Daí a necessidade de um laboratório de pesquisas interdisciplinares tendo como linhas mestras a Lógica e a Epistemologia e suas áreas afins (Filosofia da ciência, Linguagens, Teoria do conhecimento, Gnosiologia, Lingüística etc).

O Laboratório de pesquisas e ensino, portanto, terá como finalidade fazer a interface dos diferentes conhecimentos, usando como linhas mestras a Lógica e a Epistemologia. Através de pesquisas bibliográficas de considerados autores, desde a antigüidade até os nossos dias, será mostrado como essas áreas vêm contribuindo para a reflexão interdisciplinar, dando ao homem a consistência necessária para conciliar os seus sentimentos com o seu intelecto.